sábado, 21 de janeiro de 2017

Futuro de auxiliares de Teori Zavascki é incerto

 Foto: Carlos Humberto / STF / CP
Após a morte de Teori Zavascki, o futuro dos três juízes que auxiliavam o ministro na condução dos processos da Operação Lava Jato no Supremo é incerto dentro da Corte. Os cargos, de confiança, são uma escolha pessoal de cada ministro. Não há, portanto, garantia alguma de que eles permaneçam na condução do caso. Os três juízes-auxiliares de Zavascki — Márcio Schiefler Fontes, Paulo Marcos de Farias e Hugo Sinvaldo Silva da Gama Filho — são considerados figuras-chave no âmbito das investigações, porque acompanhavam de perto o andamento dos inquéritos.
O trio havia suspendido as férias a pedido do ministro para dar mais celeridade ao processo de homologação das delações dos 77 executivos da Odebrecht. Zavascki havia delegado a eles, por exemplo, a tarefa de começar a realizar esta semana as audiências com os executivos para confirmar os depoimentos recolhidos pelo Ministério Público Federal. Após a confirmação da morte do ministro, a diligência foi cancelada. Segundo assessores da Corte, Cármen Lúcia poderia endossar a ordem de Zavascki e autorizar os juízes a dar continuidade à homologação das delações.
Apesar de estar longe de Brasília, Zavascki manteve contato permanente com seus auxiliares. Foram eles que souberam que havia ocorrido um acidente no trajeto que seria percorrido pelo ministro e comunicaram a presidente do Supremo, Cármen Lúcia, de que algo poderia ter acontecido com o ministro, porque ele não estava atendendo às ligações.
Com informações do Jornal CORREIO DO POVO de Porto Alegre.